Até pouco tempo atrás, o comum em condomínios, principalmente residenciais, era ter uma gestão caseira feita por um condômino, que era eleito como “síndico”, por um determinado período. Apesar da existência legal da responsabilidade civil e criminal que recai sobre ele, pouco ou quase nada disso se levava em consideração, até por conta do amparo de um seguro de responsabilidade civil feito pela maioria dos condomínios e pela relação e convivência daquele condômino com os demais.
Ultimamente os condomínios começaram a se comportar de outra forma, por serem mais complexos e por terem moradores mais exigentes com relação a resultados e valorização do patrimônio; aquele condômino pagador de boleto está sumindo aos poucos.
Hoje a exigência por uma administração mais profissional tem crescido sistematicamente. Motivada, por um lado, pelo fato de as Administradoras só participarem da gestão do condomínio – de fora para dentro –, ou seja, não se envolvem com os processos internos de gestão e, por outro lado, pela falta de interesse dos condôminos em assumir a sindicatura dos condomínios pela sua complexidade, e pela responsabilidade que existe sobre essa atividade.
Que a demanda de síndicos profissionais tem crescido não se discute, como não se debate também a falta de preparo de grande parte daqueles profissionais e também por parte dos condomínios que, na sua maioria, não têm processos de gestão bem definidos.
Naturalmente, começou-se a discutir sobre a similaridade de um condomínio com uma empresa. A percepção das pessoas que estão morando em condomínios tem entendido cada vez mais que não se pode administrar um empreendimento com tantas variáveis legais, fiscais, trabalhistas e financeiras de forma amadora, gerando desperdícios financeiros além dos desgastes pessoais com e entre os condôminos.
Como organizar os diversos processos internos de um condomínio? Como fazer a escolha acertada de um Síndico profissional? Apesar dos princípios de governança e compliance serem estranhos no âmbito dos condomínios, eles vêm sendo aplicados cada vez mais. Um condomínio não está livre de ações corruptas e de má administração, fatos que podem trazer sérios problemas aos envolvidos direta e indiretamente.
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