Um terreno vazio, quatro linhas, duas traves e uma bola. São elementos suficientes para a distração de um grupo de pessoas, de qualquer idade, no esporte mais popular do mundo. O futebol é amplamente praticado desde a infância. E qual o tamanho da importância da inserção do esporte na vida de crianças e jovens?
A revista Giro Morumbi esteve na escolinha de futebol Chute Inicial Corinthians, na unidade Taboão da Serra, zona sul de São Paulo. Criada para expandir ainda mais a marca de um dos maiores clubes do país e formar novos garotos para o futuro, a Chute Inicial é uma franquia que tem nesta unidade velhos craques.
O professor Dagoberto foi goleiro e brilhou em clubes como Catanduvense, Rio Branco e o próprio Corinthians, nos anos 1980 e 1990. Um pouco mais tarde, o professor Rogério se tornaria ídolo de dois grandes rivais. Envergou e foi multicampeão, como lateral e meio campista, jogando por Palmeiras e Corinthians, nos anos 1990 e 2000.
Entre uma aula e outra, onde atendem cerca de 100 crianças, eles destacaram o que o esporte acrescenta na vida de quem está começando apenas agora: “o esporte em geral desde cedo é importante pela disciplina, pela prática em si que ajuda em um crescimento saudável e para fomentar o sonhos desses garotos de se tornarem jogadores de futebol”, destaca Rogério.
Muitos garotos, sobretudo moradores da periferia de São Paulo, utilizam a prática do futebol como contraturno escolar – estuda em um período e joga bola em outro. Dagoberto, que já teve experiência em projetos sociais, destaca a importância da presença familiar: “aqui nós somos uma escolinha particular, mas quando estive em um projeto aqui em São Paulo, nós não víamos muito presença de família como vocês viram aqui. Então, o que eu mais percebia na convivência com eles é que faltava a eles carinho. E a gente tentava suprir isso na medida do possível durante as aulas”.
Quando perguntado sobre se a avaliação escolar é importante também para eles, Rogério reforçou ainda mais a importância da família “A gente ainda não tem uma política de fiscalização de boletim, porque ainda é uma unidade nova, mas conversamos bastante com os pais sobre isso e tentamos acrescentar a orientação que eles dão. Graças a Deus temos notado que eles são olhados de pertinho e isso facilita também na hora de uma cobrança de boas notas para que o foco não seja somente os treinos e jogos. É importante continuar firme nos estudos”, acrescentou Rogério.
E, assim, a presença de grandes craques de outras épocas adicionam à vida de crianças e adolescentes experiências em diversas áreas da vida e do esporte. E o futebol se torna uma ferramenta de transformação social, disciplina, educação e diversão.
JORNALISTA – Sérgio Botarelli
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