Durante anos, o abuso foi tratado como tabu, escondido muitas vezes dentro da própria casa. Dados de 2021 mostram 35.196 ocorrências de violência sexual contra crianças e adolescentes em um único ano — e 67% desses casos ocorreram no ambiente familiar. Em 2025, isso ainda exige ação urgente.
Prevenção começa quando a criança entende que tem valor
Muita gente associa prevenção a cartilhas ou palestras. Mas o primeiro passo é fazer a criança entender que tem valor, que tem um corpo que deve ser respeitado, que pode dizer “não” e pedir ajuda.
Isso acontece quando adultos — pais, professores, cuidadores — tratam a criança com escuta e respeito, reconhecendo que ela tem voz. É nesse ambiente de confiança que a proteção começa de verdade.
Criança é sujeito de direito — e isso muda tudo
Precisamos deixar de ver a criança como “propriedade” da família e reconhecer que ela é sujeito de direitos. A Constituição, o ECA e os tratados internacionais garantem a ela proteção integral.
Direito à educação, ao cuidado, ao desenvolvimento seguro e à proteção contra toda forma de violência. Quando a sociedade age com base nessa consciência, a lógica muda: a criança passa a participar da própria proteção.
Família também precisa de orientação
Nem toda família sabe como abordar o tema. Muitos foram criados no silêncio e na repressão. Por isso, não basta cobrar — é preciso acolher e orientar. A prevenção também envolve cuidar dos cuidadores.
Projetos como o Instituto Amarelinha atuam nessa frente, levando informação e preparo para regiões vulneráveis. Com linguagem acessível, capacitam educadores, orientam famílias e ensinam crianças a se protegerem.
A internet também é campo de batalha
A violência sexual também acontece online: em redes sociais, jogos e interações virtuais. Ensinar segurança digital faz parte da educação. A criança precisa saber que tem direito a estar segura também no mundo virtual — e os adultos precisam entender que acompanhar não é invadir, é proteger.
Que essa informação gere transformação e nos acorde — e nos mova
Esse é um chamado à ação. É para lembrar que proteger a infância é garantir que toda criança cresça sabendo que tem valor, que tem direitos — e que nunca será culpada pela violência que sofreu.
Samira Duarte – Consultora Jurídica do escritório Terras Gonçalves Advogados

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