Recentemente, um caso da doença foi confirmado no Rio de Janeiro, em um homem que viajou para o Amazonas. Isso acendeu um alerta para o risco de uma possível transmissão local da Febre do Oropouche no estado.
Mas afinal, o que é a Febre do Oropouche? Quais são os seus sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento e como podemos nos prevenir? Neste post, vamos responder essas e outras perguntas sobre essa doença que pode ser confundida com a dengue e a chikungunya.
O que é a Febre do Oropouche?
A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), que pertence à família Peribunyaviridae. Esse vírus é transmitido por mosquitos que se infectam ao picar pessoas ou animais que já estão com a doença. Existem dois tipos de ciclos de transmissão da FO:
– Ciclo silvestre: nesse ciclo, os animais silvestres, como bichos-preguiça e macacos, são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O principal vetor nesse ciclo é o Culicoides paraenses.
– Ciclo urbano: nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O Culicoides paraenses também é o vetor principal nesse ciclo. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
Quais são os sintomas da Febre do Oropouche?
Os sintomas da FO são parecidos com os da dengue e da chikungunya, o que pode dificultar o diagnóstico clínico. Os sintomas mais comuns são:
- Dor de cabeça intensa
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Náusea
- Diarreia
- Febre
- Calafrios
- Erupção cutânea
Os sintomas costumam aparecer entre 3 e 8 dias após a picada do mosquito infectado e duram cerca de uma semana. Em alguns casos, pode haver uma recidiva dos sintomas após alguns dias de melhora.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento da Febre do Oropouche?
O diagnóstico da FO é feito com base nos sintomas, no histórico de viagem ou exposição a áreas endêmicas e nos exames laboratoriais. Os exames podem incluir a detecção do vírus ou de anticorpos no sangue ou no líquido cefalorraquidiano (LCR). É importante diferenciar a FO de outras arboviroses, como a dengue, a chikungunya e a zika.
Não há um tratamento específico para a FO. Recomenda-se repouso, hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Não se deve usar anti-inflamatórios ou aspirina, pois podem aumentar o risco de sangramento. É necessário fazer acompanhamento médico para monitorar possíveis complicações.
Como podemos nos prevenir da Febre do Oropouche?
A prevenção da FO depende principalmente do controle dos mosquitos transmissores. Algumas medidas que podem ajudar são:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Seguir as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão, como medidas
- específicas de controle de mosquitos.
A Febre do Oropouche é uma doença que pode causar surtos em áreas endêmicas e que pode ser confundida com outras arboviroses. Por isso, é importante estar atento aos sintomas, procurar atendimento médico e fazer o diagnóstico correto. Além disso, é fundamental adotar medidas de prevenção para evitar a picada dos mosquitos transmissores e a disseminação do vírus.
Esperamos que este post tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe com seus amigos e familiares. Se você tem alguma dúvida ou sugestão, deixe um comentário abaixo. Até a próxima!