A decisão, publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Estado, veio após temporais intensos que resultaram em 11 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, impactando mais de 100 cidades.
O governador do estado, Eduardo Leite, expressou durante uma coletiva de imprensa que os eventos climáticos representam o maior desastre já enfrentado pelo estado, superando as tragédias do ano anterior. A situação é tão crítica que o governador admitiu a incapacidade de realizar todos os resgates necessários, dada a dispersão e persistência das chuvas.
O decreto de calamidade pública permite uma maior flexibilidade administrativa para a realização de compras e obras públicas emergenciais, além de formalizar o processo para o recebimento de recursos federais. Essa medida é essencial para acelerar as ações de resposta e recuperação diante de um desastre de tal magnitude.
A suspensão das aulas na rede pública estadual foi anunciada como uma das medidas preventivas, visando a segurança dos estudantes e profissionais da educação. Além disso, o governo estadual está mobilizando órgãos e entidades para prestar apoio imediato às áreas afetadas, enquanto a Defesa Civil e outras agências de resposta a emergências trabalham incansavelmente para auxiliar os desalojados e desabrigados, que já somam mais de 4.400 pessoas.
A previsão do tempo indica que as chuvas podem persistir, aumentando o risco de mais inundações e deslizamentos de terra. O governo do Rio Grande do Sul e as autoridades locais estão pedindo aos cidadãos que vivem nas áreas afetadas que evacuem suas casas e busquem abrigo seguro. A solidariedade e a cooperação entre os cidadãos, organizações não governamentais e o governo são cruciais neste momento para superar os desafios impostos por esta crise natural.
Este evento destaca a importância da preparação para desastres e da resiliência das comunidades frente a eventos climáticos extremos. Também reforça a necessidade de políticas públicas eficazes e infraestrutura adequada para mitigar os impactos dessas catástrofes naturais. O Rio Grande do Sul, agora em estado de calamidade pública, enfrenta um longo caminho de recuperação, mas com a união e o esforço conjunto, a comunidade pode emergir mais forte e preparada para o futuro.