A empresa, que fabrica peças para a indústria automotiva e de construção civil, tem cerca de 300 funcionários. Segundo o gerente administrativo, José Carlos da Silva, desde janeiro deste ano, 60 deles foram diagnosticados com dengue e precisaram se ausentar do trabalho por pelo menos uma semana. “Isso afetou muito a nossa produção e a nossa capacidade de atender aos pedidos dos clientes. Tivemos que reduzir o ritmo e até recusar algumas encomendas por falta de mão de obra”, diz.
Além disso, a empresa também teve que arcar com os custos dos afastamentos, que são pagos pelo INSS após os primeiros 15 dias. “Isso representa um prejuízo financeiro para nós, que temos que pagar os salários integrais dos funcionários afastados e ainda contratar temporários para substituí-los”, afirma Silva.
O gerente diz que a empresa tem tomado medidas para prevenir a dengue, como eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti nas dependências da fábrica e orientar os funcionários sobre os sintomas e o tratamento da doença. No entanto, ele reconhece que é difícil controlar a situação, já que muitos trabalhadores moram em áreas de risco e podem contrair a dengue fora do ambiente de trabalho.
Silva espera que a situação melhore nos próximos meses, com a chegada do inverno e a diminuição da incidência do mosquito. Ele também conta com o apoio das autoridades sanitárias para combater a epidemia. “A dengue é um problema de saúde pública que afeta toda a sociedade. Precisamos de mais ações efetivas do poder público para evitar que mais pessoas adoeçam e que mais empresas sejam prejudicadas”, conclui.