Dizem que brasileiro não gosta de ler, que lê pouco, em média 4 livros por ano. Talvez essa seja uma conclusão apressada. Afinal, pesquisas mostram só o que podem medir. Os números estão ligados ao único caminho que acreditam que o livro percorre: “editora – livraria – leitor”.
Mas no Brasil real a coisa é diferente. O livro faz outros caminhos pouco imaginados por quem gosta de dados oficiais. Ele passa de mão em mão, ele é emprestado, doado, compartilhado, lido em voz alta, revendido. É até esquecido em bancos por aí! Como a pesquisa vai mensurar o número de leitores que um livro teve? Impossível!
Ainda mais neste território imenso e diverso em que vivemos, onde a criatividade tem tantas formas de praticar a leitura. Livros se transformam em teatro, em canções, declamações. A leitura sempre presente em saraus, hip-hop, nas feiras de cordel, em atividades comunitárias, na tecnologia.
“O Brasil não conhece o Brasil”, já dizia o compositor Aldir Blanc. Brasileiro lê, sim. Lê e se encanta pela leitura.
Deixamos o assunto para reflexão, já que de tão imenso não cabe num artigo. Fica o convite para uma visita à Revista Voo Livre, onde a leitura é incentivada e valorizada em toda a sua diversidade, como deve ser.
Marina Marino – Editora da Revista Voo Livre
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